Vamos falar um pouco da melhor cidade onde fizemos os melhores cruzeiros até agora. Miami. Tudo começou depois de termos feito diversos cruzeiros aqui no Brasil. Nossa companhia preferida é a Royal Caribbean, americana, mas como ela deixou de oferecer cruzeiros no Brasil, resolvemos ir até ela e quem ama cruzeiros e se aprofunda nessa cultura, descobre que Miami é a Capital Mundial dos cruzeiros.
Como quase todo mundo que nunca viajou ao exterior, achamos que a empreitada seria difícil. Na verdade não é difícil, apenas trabalhosa. O primeiro passo seria tirar o passaporte e obter um visto de turista para os Estados Unidos. Eles são bastante rigorosos para liberar o visto, devido a grande quantidade de imigrantes ilegais que ficam no país. Diziam que era mais fácil contratar uma agência para fazer, mas fizemos por conta própria. Deu trabalho, e bastante, para preencher os formulários, mas conseguimos. Saímos de Curitiba (uma das cidades sede da Copa do Mundo Fifa 2014) e fomos a São Paulo, onde nosso tão sonhado visto foi aprovado.
E em nossa primeira visita a um país de primeiro mundo, ficamos impressionados com os contrastes com o Brasil. Na América, comparando com o Brasil, as diferenças começaram a aparecer já na imigração: um grande rigor e muita organização. Um lugar que na verdade intimida o turista. Mas, saindo de lá, a mágica começa a acontecer. Filas de táxi organizadas, preços normais. Golpes sempre existem, mas é mais dificil acontecer lá na América, como ocorre em alguns lugares turísticos do Brasil. Também pegamos trem, metrô e linhas de ônibus, para ter essa experiência e achamos tudo muito bem organizado, com vendas automatizadas dos tickets inclusive. O cartão de crédito não funcionou na estação do trem e pudemos pegá-lo de graça, pois assim é a lei inclusiva americana.
Praticamente tudo funciona nos Estados Unidos, em relação ao Brasil. Cada serviço anunciado está sempre funcionando perfeitamente. O depósito de malas no aeroporto, banheiros públicos, policiamento. A educação do povo americano é incrivel. Se por acaso irão, sem querer, cruzar seu caminho, mesmo sem esbarrar, pedem desculpas, para tudo pedem por favor e agradecem. São solícitos com os turístas, sempre educados quando pedíamos informações. É claro que nunca esquecemos também de sempre pedir com licença, por favor e obrigado. Com essas três palavras mágicas, tudo funciona lá.
Em Miami, ao atravessar a rua, os motoristas sempre darão a preferência para você. Vão aguardar na faixa até você atravessar e se você estiver no meio da rua, vão reduzir a velocidade até você chegar ao outro lado. Pessoas educadas nas ruas vão te dar passagem, até nas calçadas e nos restaurantes terá um atendimento muito bom de garçons ansiando por gorjetas entre 15 a 20%. E você deve dar, pois eles dependem mais das gorjetas que do salário. Se você foi bem atendido, é cruel não deixar gorjeta pois a gorjeta lá faz parte da cultura. Diferente aqui do Brasil, onde na grande maioria dos lugares não é necessário dar gorjeta.
A urbanização de Miami (bem como da maioria dos Estados Unidos, pelo que vimos) é maravilhosa. Tudo bem feito. Parece que estamos numa grande Disneylândia, no melhor sentido da palavra. Calçadas, ruas, acesso para cadeirantes, casas, prédios, construções públicas, tudo bem pintado, cuidado, conservado. É claro que nem tudo é perfeito. Há áreas pobres e necessitando de atenção, mas são menos em comparação com o Brasil, na verdade, basta inverter o quadro geral.
A respeito da segurança, se dissermos que Miami equivale com o Rio de Janeiro em importância, jamais se poderia fazer no Rio o que fizemos em Miami. Simplesmente deixamos o pagamento da conta do restaurante e a gorjeta sobre a mesa e fomos embora. Ninguém roubou. Compramos um celular novo e filmamos toda a viagem com ele na mão. Fomos até o final de uma rua, a Lincoln Road e tivemos uma sensação grande de segurança lá. No Brasil, no Rio, celular e carteira devem ficar no bolso e mesmo assim corre-se o risco de sofrer um assalto. Ir para o final de uma rua deserta, jamais. Em Miami não fomos assediados, importunados e correu tudo bem. É extremamente mais segura se comparada com a maioria das cidades do Brasil e ainda não é uma das cidades mais seguras dos Estados Unidos.
Quanto ao cruzeiro, se em Miami tudo estava bom, com a Royal Caribbean ficou ainda melhor. Ao chegarmos no porto de Miami, levamos apenas 15 minutos para embarcar no navio. E na Royal o mesmo e melhor serviço que a gente já conhecia. Tripulantes amigáveis, prestativos, com um serviço que quer sempre superar suas expectativas. Água, sucos, chás, cafés, sorvetes, servidos o dia todo, à vontade. A variedade da comida incrível e também servida o dia todo, em vários lugares do navio. E tanto no maior navio do mundo da época, Allure of the seas, quanto num de médio porte, o Mariner of the Seas, que estavam lotados, em nenhum deles tivemos a impressão de que estavam cheios.
Tudo tranquilo, piscinas com pouca gente, áreas sem alvoroço de pessoas. Atividades sem fim, entretenimentos a perder de vista, àreas de lazer e descanço, drinks de cortesia e brindes em várias ocasiões, serviço de hotelaria, restaurante, bares, tudo de primeira qualidade, sem filas e sem estresse. Assim é um cruzeiro com a Royal Caribbean e assim é um cruzeiro partindo de Miami.
Todas as vezes que fomos para a Flórida, quando o cruzeiro acabou, do navio fomos direto ao aeroporto. Desembarcamos no Brasil e a cada minuto que se passava, a sensação era de acordar lentamente de um sonho que aos poucos ia terminando, ficando gravado apenas na memória e no coração.
Obrigado Royal Caribbean International e obrigado povo americano, por nos proporcionar férias perfeitas.
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